Eu me fechei por muito tempo para atender as exigências externas, aos costumes sem pé e nem cabeça, as tradições falsas e tantas coisas que eu nem sei o que são.
Comecei a viver uma vida sem sentido.... nada mais fazia sentido... e não tolerava ir em terapeutas, família, pessoas ditas espirituais...
Muitos me rotulam como não ter condições psicologicas... falam que eu fiquei mas louco é continuar a andar em seus carros ao lado de um rio morto, a respirar um ar com substâncias tóxicas, louco é aquele que vai para a balada e bebe até cair...louco é aquele que prefere amortecer sua vida limitada e aceitar um mundo em pedaços do que abrir os olhos.
O que não faz sentido... não me enraiza!
Porque as pessoas continuam a nutrir algo que não faz sentido a elas?
Nunca considerei que as minhas necessidades fossem válidas.
A minha desvalorização começou quando eu disse SIM para o outro e um NÃO BEM GRANDE PARA MIM.
Agora o jogo se inverteu.... eu digo Não para o outro e sim para mim.
O outro não existe!
Se eu disser SIM a mim, a parte da minha essência... eu digo SIM para todos!
Sim, minha necessidades reais e dignas que te fato irão trazer paz e estabilidade.
Irei fazer crescer e valorizar o que fato me traz sentido de enraizamento.
Como estar estável em algo que não é seu?
São emaranhados de informações, são camadas de informações que sufocaram minha respiração por muito tempo.
Me fechei porque a minha real necessidade não era aceita pelo entorno e tive que aceitar necessidades irreais para estar fazendo parte e me sentir incluída em algo que a qualquer momento pode desabar.
Não quero estar e ser incluída em algo que não tem enraizamento real... que não tem essência...
Qual sentimento que surge... a raiva... muita raiva...
Sim, uma energia psicologica muito poderoso aquece meu corpo... é o instinto... é o feminino... é o escuro querendo se tornar claro novamente...
Ao mesmo tempo que essa raiva me traz desconforto... sei que ela á uma propulsão.... um jato... um pulso de luz...para desconstruir e tirar tudo o que não representa a mim...
Que a raiva se converta em coragem para trazer questionamentos sobre uma sociedade altamente doente baseada na escassez, na aparência e valores superficiais.
Grata,
Marcela Passaro
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